Coisita a mais

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Pessoas que fazem aquilo que as convém se tornam loucas ou lendas, ambas seres humanos autênticos

11 agosto, 2010

Novo Livro

No momento que eu descobri o que era aquilo me descontrolei. Não poderia haver coisa melhor a se fazer, ou a se sentir. Na hora em que vi minha vida tranformada de uma hora para outra me vi perdida em um buraco sem fundo. Em uma noite escura demais para se ver. Agora que a tudo já me acostumei, tento rever meus conceitos sobre o que é bom ou mal, ou sei lá tanto faz mesmo, agora não mais resta alguma coisa. Se resta, eu não sei.
Fui até a cozinha e me sentei no banco perto da mesa. Fui até a minha cabeça e tentei achar pensamentos conclusivos. Quando vi o fogão relei o olho pela gaveta da pia. Ah não me deixe fazer isto. Pois é, já havia feito (em pensamento). Pecar é algo que não me agrada. Mesmo em pensamento vc peca. Isto não deveria acontecer, pois vc está decidindo o que quer, e precisa avaliar qual a melhor saída, não a do bem. Por isso vc precisa ver como ficaria se matasse alguém.
Peguei na gaveta. Não era muito grande, mas dava para o que eu queria. Estava pecando, estava fazendo, estava pensando.
Não havia tempo para refletir, simplesmente há momentos em que é melhor deixar os céus e o inferno interferirem em minha cabeça. Voltei ao quarto e não encontrei vestígios de mim. Vestígios que comprovassem que eu estava viva, que eu era um ser. Não, não havia.
Sentei-me no chão onde não havia livros. Olhei em volta de mim e não vi eu.
Peguei o instrumento e misturei com ele o veneno na colher, não me consuma, eu o quero.
Na hora em que olhei em vão, para meus cadenos e princípios, procurem ajuda, uma saída para aquilo que não me deixava em paz. Não quiz que me levassem para um hospital, prefei morrer  em casa.
Peguei a siringa já estava com Potássio e Calcio, sim meu venenos em doses certas acabaria comigo, em doses erradas me transfomaria numa dependente.

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